Vou partir desta premissa:
população portuguesa é constituída por 10 milhões de pessoas
Hoje eu peço 1 euro donativo voluntário a cada uma dessas pessoas.
Fico com 10 milhões de euro.
Com esses 10 milhões de euro meto na banca que gerará um lucro em juros de uma determinada taxa de rentabilidade num determinado prazo.
Ou seja, fico com excedente dos 10 milhões de euro.
Hipotese 1:
Poderia doar ou retornar o 1€ a cada pessoa que doou e ficar com o excedente.
Hipotese 2:
No dia seguinte à doação de 10 milhões na minha conta, passa a bola e não ao mesmo:
outra pessoa receberia 1€ de cada habitante, perfazendo ela também 10 milhões na sua conta.
Esta ação multiplicada por 10 milhões de pessoas daria a cada um a liberdade e poder de escolher o caminho de vida que pretende sem a desculpa de não haver nascido rico.
Se existe algo de errado nesta associação de ideias eu não estou a ver o que seja, mas podíamos experimentar?
terça-feira, 21 de janeiro de 2020
Caminhar como caminho
Em dois meses fiz dois entorses no pé esquerdo.
Talvez, mas um grande talvez, que é como quem diz tens mesmo de ver isto.
Observar como caminho traz à tona a forma. A forma como se caminha, como se dá cada passo, como se apoia os pés no chão.
Eu ando a coxear. Tenho uma perna maior que a outra e na compensação inconsciente do corpo físico isto distorce o meu corpo.
A compensação acaba por distorcer e trazer outras complicações como o desiquilíbrio no andar e consequentemente quedas que provocam os entorses.
Notei que caminho como se fosse um barco o meu corpo e os pés os meus remos.
E parece que ainda não sei remar. Ora se um remo puxa para um lado e o outro roda, isto assim o barco não vai a lado nenhum. Quando muito desiquilibra-se o barco e cai o marinheiro à água.
Coxeando acaba por colocar o lado que não está magoado em maior esforço, e uma vez que essa é a perna mais curta isto está a causar-me algum transtorno.
Tenho que usar muleta mas acho que não preciso. Considero paralelismos com os apoios externos e a sua aceitação ou recusa. De modo que reparei que a muleta e o apoio é de mim para mim e não o artifício da muleta, mas que serve uma função que devo aceitar.
Facilmente me abstraio do corpo para ouros planos que não o físico. Devo lembrar-me que esta ligação é permanente e tornar-me consciente que o corpo está lá. E convém que esteja bem para que consiga fazer a ponte entre os outros estados e o físico. Sempre gostei de bastões de caminhar mas nunca os usei, gostava de fazer bastões d emadeira mas nunca os fiz. Achava que não necessitava quando via imensas pessoas a caminhar montanhas com eles, achava e talvez não precisasse na altura. Provavelmente a idade traz destas coisas. Quer as mazelas óbvias, quer a aceitação delas e aceitar o apoio de si para si. Caminho apoiando-me na parte interior principalmente de um pé. Isto deforma-me os sapatos todos há anos e está na altura de resolver estas questões, nem que seja aos poucos: passo a passo. Passo-a-passo remete-me para livros de instruções. Eu nunca gostei de livros de instruções.
Talvez devesse prestar mais atenção ao meu manual de instruções para evitar quedas desnecessárias.
Caminhar consciente é trazer à tona o manual de instruções do caminho. Observando com atenção os passos que damos seremos em termos abstratos, metafóricos e também concretos, capazes de decifrar como estamos, como viemos até aqui e a tempo de corrigir a navegação de nós mesmos.
É como sentir a bússola e focar na direção a tomar, ou chamado sentido, mesmo que coxeando a princípio mas sabendo que vai valer o esforço . Parece-me que serve o caminhar consciente como um diagnóstico da nossa bússola interna e de que alterações precisamos fazer para alinharmo-nos no nosso caminho, no nosso sentido de vida.
Se me perguntam quando é que caminhar em grupo é oportuno?
As primeiras ideias que me surgiram foram: festa; dança; funerais e manifestações.
Ora nisto é um extremo do que faço no dia a dia, do caminhar sozinho ao caminhar com multidões; do caminhar sem sentido ao caminhar com êxtase de alegria ou de tristeza.
Contudo denoto que caminhar em grupo nestes casos que apontei servem sempre um propósito.
Da vida ou da morte, mas sempre com sentidos, ou seja que eu os sinta como celebrações de inícios, de mudanças ou de fechos.
Talvez precise de rituais, que são como manuais de instruções, os tais que não gosto.
Talvez eu até goste de seguir os manuais desde que esteja em grupo, porque sozinha prefiro inventar.
E talvez, mas apenas talvez com a força de uma quase certeza, o equilíbrio esteja em fazer ambas.
Talvez, mas um grande talvez, que é como quem diz tens mesmo de ver isto.
Observar como caminho traz à tona a forma. A forma como se caminha, como se dá cada passo, como se apoia os pés no chão.
Eu ando a coxear. Tenho uma perna maior que a outra e na compensação inconsciente do corpo físico isto distorce o meu corpo.
A compensação acaba por distorcer e trazer outras complicações como o desiquilíbrio no andar e consequentemente quedas que provocam os entorses.
Notei que caminho como se fosse um barco o meu corpo e os pés os meus remos.
E parece que ainda não sei remar. Ora se um remo puxa para um lado e o outro roda, isto assim o barco não vai a lado nenhum. Quando muito desiquilibra-se o barco e cai o marinheiro à água.
Coxeando acaba por colocar o lado que não está magoado em maior esforço, e uma vez que essa é a perna mais curta isto está a causar-me algum transtorno.
Tenho que usar muleta mas acho que não preciso. Considero paralelismos com os apoios externos e a sua aceitação ou recusa. De modo que reparei que a muleta e o apoio é de mim para mim e não o artifício da muleta, mas que serve uma função que devo aceitar.
Facilmente me abstraio do corpo para ouros planos que não o físico. Devo lembrar-me que esta ligação é permanente e tornar-me consciente que o corpo está lá. E convém que esteja bem para que consiga fazer a ponte entre os outros estados e o físico. Sempre gostei de bastões de caminhar mas nunca os usei, gostava de fazer bastões d emadeira mas nunca os fiz. Achava que não necessitava quando via imensas pessoas a caminhar montanhas com eles, achava e talvez não precisasse na altura. Provavelmente a idade traz destas coisas. Quer as mazelas óbvias, quer a aceitação delas e aceitar o apoio de si para si. Caminho apoiando-me na parte interior principalmente de um pé. Isto deforma-me os sapatos todos há anos e está na altura de resolver estas questões, nem que seja aos poucos: passo a passo. Passo-a-passo remete-me para livros de instruções. Eu nunca gostei de livros de instruções.
Talvez devesse prestar mais atenção ao meu manual de instruções para evitar quedas desnecessárias.
Caminhar consciente é trazer à tona o manual de instruções do caminho. Observando com atenção os passos que damos seremos em termos abstratos, metafóricos e também concretos, capazes de decifrar como estamos, como viemos até aqui e a tempo de corrigir a navegação de nós mesmos.
É como sentir a bússola e focar na direção a tomar, ou chamado sentido, mesmo que coxeando a princípio mas sabendo que vai valer o esforço . Parece-me que serve o caminhar consciente como um diagnóstico da nossa bússola interna e de que alterações precisamos fazer para alinharmo-nos no nosso caminho, no nosso sentido de vida.
Se me perguntam quando é que caminhar em grupo é oportuno?
As primeiras ideias que me surgiram foram: festa; dança; funerais e manifestações.
Ora nisto é um extremo do que faço no dia a dia, do caminhar sozinho ao caminhar com multidões; do caminhar sem sentido ao caminhar com êxtase de alegria ou de tristeza.
Contudo denoto que caminhar em grupo nestes casos que apontei servem sempre um propósito.
Da vida ou da morte, mas sempre com sentidos, ou seja que eu os sinta como celebrações de inícios, de mudanças ou de fechos.
Talvez precise de rituais, que são como manuais de instruções, os tais que não gosto.
Talvez eu até goste de seguir os manuais desde que esteja em grupo, porque sozinha prefiro inventar.
E talvez, mas apenas talvez com a força de uma quase certeza, o equilíbrio esteja em fazer ambas.
segunda-feira, 20 de janeiro de 2020
Homens, Gatos e Isabel dos Santos
Questionava-me há pouco sobre a relação entre o Homem e o Gato.
Será o Homem que domestica o Gato ou segundo uns outros o Gato que domestica o Homem, subjugando-o à sua vontade?
do·mes·ti·car - Conjugar
(francês domestiquer)
Digamos que pela minha experiência de acompanhamento deste tipo de relações, vejo quem mais dificuldade tem em se vergar, dobrar à vida e aos outros Homens, facilmente se dobrarem ao Gato.
Para alimentá-los, dar-lhes festas, mimos e carinhos.
O Gato que se não quiser vira costas a isto tudo e ainda dá patada e arranhões.
Pergunto-me se não será um certo masoquismo, ou aceitação da sua condição de insubordinados e que se subjugam ao animal (animal é o outro e não o próprio).
A capacidade de amar a vertente animal livre, que magoa se lhe apetecer e pede/exige colo, e que se despede de uma sacudidela só se não for bem vindo.
Reflicto sobre este jogo de espelho entre o homem e o gato. O homem (m/f) que ainda não é Homem mas que se prevê que venha a Ser, e o gato que não é Leão mas que mantém restícios deste comportamento.
Já as gatas são castradas para que não se tenha que ouvir o seu histerismo de pedido de atenção e necessidade de procriação como instinto animal natural.
Querem-se amistosas e sossegadas, caladas qb, e que não se reproduzam aos molhos e sejam sociáveis sem estragar o status quo.
cas·trar - Conjugar
(latim castro, -are)
Fotografias assolam as redes sociais dos mais variados momentos da vida dos gatos pelos seus Homens.
Gatos em descanso, brincadeira e contemplação; gatinhos fofinhos que reflectem a vulnerabilidade da condição; dar mimo, carinho e atenção sem esperar nada em troca.
E mesmo que levem uma patada, voltam.
Esta é a relação que vejo entre as duas espécies, um jogo de espelhos sobre a aceitação e não aceitação de cada um.
Ficar frente a frente a um gato tem o seu quê de hipnotizante, vemo-nos reflectidos em todas as vertentes.
Ás vezes não gostamos nada disso, que é como quem diz, de nós próprios, ou por vezes da incapacidade de dominar aquele chamado animal interno.
Que é como quem diz, a incapacidade de fazer o que desejamos no dia-a-dia: dominar os outros e subjugá-los à nossa vontade ou a dificuldade em fazê-o. Ou a dificuldade em dominar o nosso Eu animal.
Seria curioso que nos dêssemos a mais experiências com o Reino Animal, tal como as tribos que ainda subsistem. Seríamos capazes de ver-nos reflectidos nos pontos fortes e fracos que nos fazem, nas características que mais nos tocam em diferentes Animais do Reino.
Cada um deles vive em nós e afastámo-nos ficando nos dias de hoje umas quantas estórias e mitos.
Textos como qual o seu animal de poder e afins que denotam o que sobra de uma panóplia de experiências vividas pelo Ser Humano que se afastou destas relações intemporais.
Concluo por agora que tratamos deste assunto como se fossem jogos de poder e subjugação quando na essência o que se revela é a troca.
Ora aqui está a questão. O que se troca? Aqui está o livre arbítrio do Ser Humano, que é o que o define à partida.
E o que troca entre si os Seres Humanos? A troca pressupõe interesses próprios? Maniqueísmo?
Em prol de quê? De quem?
Isabel dos Santos trocou aos longos dos anos. E certamente que se trocou não o fez sozinha.
Houve um jogo e ela fazia parte. Fácil será julgar tendo em vista o resultado da troca para quem serviu de peão no jogo. E será que um julgamento retirando rainhas e reis resolve?
Surgirá à vista um outro jogo de xadrez. Serão eles apenas peões de um xadrez maior?
O que será o: em prol do Bem de todos? A domesticação do Homem? Por quem?
Contemplemos o que somos e os jogos em que nos envolvemos a cada dia, o nosso próprio maniqueísmo e interesses a cada passo que damos, a cada escolha que fazemos.
E isso dirá muito do teu destino e de todos nós. Esse é o teu oráculo. OMEN
E se não fores capaz de o fazer, senta-te aos raios de sol, como o gato.
Paira sobre a cidade como os pássaros.
Escolhe um.
Escolhe-te.
Livre arbítrio existe?
Será o Homem que domestica o Gato ou segundo uns outros o Gato que domestica o Homem, subjugando-o à sua vontade?
do·mes·ti·car - Conjugar
(francês domestiquer)
verbo transitivo
1. Reduzir à domesticidade.
2. [Figurado] Tornar sociável.
Para alimentá-los, dar-lhes festas, mimos e carinhos.
O Gato que se não quiser vira costas a isto tudo e ainda dá patada e arranhões.
Pergunto-me se não será um certo masoquismo, ou aceitação da sua condição de insubordinados e que se subjugam ao animal (animal é o outro e não o próprio).
A capacidade de amar a vertente animal livre, que magoa se lhe apetecer e pede/exige colo, e que se despede de uma sacudidela só se não for bem vindo.
Reflicto sobre este jogo de espelho entre o homem e o gato. O homem (m/f) que ainda não é Homem mas que se prevê que venha a Ser, e o gato que não é Leão mas que mantém restícios deste comportamento.
Definição de Omen
If you say that something is an omen, you think it indicates what is likely to happen in the future and whether it will be good or bad.
Querem-se amistosas e sossegadas, caladas qb, e que não se reproduzam aos molhos e sejam sociáveis sem estragar o status quo.
cas·trar - Conjugar
(latim castro, -are)
verbo transitivo
1. Privar dos órgãos essenciais à reprodução animal. = CAPAR
2. Impedir ou limitar a vontade, a iniciativa ou a expressão de algo ou alguém. = ABAFAR, ATROFIAR, REPRIMIR
3. Colher o mel, tirando apenas parte dos favos (ex.: castrar as colmeias ). = CRESTAR
Gatos em descanso, brincadeira e contemplação; gatinhos fofinhos que reflectem a vulnerabilidade da condição; dar mimo, carinho e atenção sem esperar nada em troca.
E mesmo que levem uma patada, voltam.
Esta é a relação que vejo entre as duas espécies, um jogo de espelhos sobre a aceitação e não aceitação de cada um.
Ficar frente a frente a um gato tem o seu quê de hipnotizante, vemo-nos reflectidos em todas as vertentes.
Ás vezes não gostamos nada disso, que é como quem diz, de nós próprios, ou por vezes da incapacidade de dominar aquele chamado animal interno.
Que é como quem diz, a incapacidade de fazer o que desejamos no dia-a-dia: dominar os outros e subjugá-los à nossa vontade ou a dificuldade em fazê-o. Ou a dificuldade em dominar o nosso Eu animal.
Seria curioso que nos dêssemos a mais experiências com o Reino Animal, tal como as tribos que ainda subsistem. Seríamos capazes de ver-nos reflectidos nos pontos fortes e fracos que nos fazem, nas características que mais nos tocam em diferentes Animais do Reino.
Cada um deles vive em nós e afastámo-nos ficando nos dias de hoje umas quantas estórias e mitos.
Textos como qual o seu animal de poder e afins que denotam o que sobra de uma panóplia de experiências vividas pelo Ser Humano que se afastou destas relações intemporais.
Concluo por agora que tratamos deste assunto como se fossem jogos de poder e subjugação quando na essência o que se revela é a troca.
Ora aqui está a questão. O que se troca? Aqui está o livre arbítrio do Ser Humano, que é o que o define à partida.
E o que troca entre si os Seres Humanos? A troca pressupõe interesses próprios? Maniqueísmo?
Em prol de quê? De quem?
Isabel dos Santos trocou aos longos dos anos. E certamente que se trocou não o fez sozinha.
Houve um jogo e ela fazia parte. Fácil será julgar tendo em vista o resultado da troca para quem serviu de peão no jogo. E será que um julgamento retirando rainhas e reis resolve?
Surgirá à vista um outro jogo de xadrez. Serão eles apenas peões de um xadrez maior?
O que será o: em prol do Bem de todos? A domesticação do Homem? Por quem?
Contemplemos o que somos e os jogos em que nos envolvemos a cada dia, o nosso próprio maniqueísmo e interesses a cada passo que damos, a cada escolha que fazemos.
E isso dirá muito do teu destino e de todos nós. Esse é o teu oráculo. OMEN
E se não fores capaz de o fazer, senta-te aos raios de sol, como o gato.
Paira sobre a cidade como os pássaros.
Escolhe um.
Escolhe-te.
Livre arbítrio existe?
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